quinta-feira, 29 de março de 2012

TEATRO

Ilha Tiberina com o teatro de Macelus à direita, com capacidade para 20.000 espectadores - detalhe em maquete da antiga Roma.

O teatro romano era inteiramente calcado na tradição grega. Seu declínio, que causou um vácuo de quatro séculos na produção teatral, parece ter sido mais significativo para a história da cultura ocidental do que sua própria existência. Uma incipiente tradição teatral, de influência etrusca, já existia na península itálica. No ano 240 a.C. foi apresentada pela primeira vez uma peça traduzida do grego durante os jogos romanos.
O primeiro autor teatral romano a produzir uma obra de qualidade, que estreou em 235 a.C., foi Cneu Nevius.
O teatro histórico foi a primeira criação original desse autor, que incorporou a suas peças, mordazes e francas, críticas à aristocracia romana, pelo que parece ter sido preso ou exilado. Talvez em vista dessas circunstâncias, seu sucessor, o grande poeta Quintus Enius, tenha adaptado seu talento às exigências do momento e se dedicou à tradução das tragédias gregas. A verdadeira comédia latina surgiu apenas no final do século II a.C. As representações teatrais eram parte do entretenimento gratuito oferecido nos festivais públicos.
Desde o início, no entanto, o teatro romano dependeu do gosto popular, de uma forma que nunca havia ocorrido na Grécia. Caso uma peça não agradasse ao público, o promotor do festival era obrigado a devolver parte do subsídio que recebera. Por isso, mesmo durante a república, havia certa ansiedade em oferecer à platéia algo que a agradasse, o que logo se comprovou ser o sensacional, o espetacular e o grosseiro.

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